segunda-feira, 14 de junho de 2010

Escravidão do Brasil atual

Escravidão infantil: uma vergonha
Acompanhe parte este bom artigo da professora Adonia Antunes Prado publicado no JB Online:


"Recentes acontecimentos no município de Unaí, no Estado de Minas Gerais, dos quais resultaram mortos três fiscais do Ministério do Trabalho e o motorista que viajava com eles, trazem à discussão um tema que ultimamente tem ocupado corações, mentes e páginas da imprensa de grande circulação. Trata-se da presença do trabalho escravo em nosso país. A equipe de fiscalização abatida a tiros durante o percurso que a levaria a uma fazenda sobre a qual havia suspeitas de prática de relações trabalhistas irregulares não se movia, naquela ocasião, a partir de denúncias de trabalho escravo. Porém, de acordo com o que a imprensa tem veiculado, aparentemente alguns empresários rurais da região estariam envolvidos com essa prática em outros Estados. A ocorrência de acontecimento tão chocante quanto audacioso provoca algumas reflexões.
Comemorações pela assinatura da Lei Áurea na Praça XV - Paço da Cidade
Aprendemos que a escravidão foi abolida no Brasil no ano de 1888. Certo ou errado? Depende. A escravidão foi legalmente extinta pela princesa Isabel, no dia 13 de maio daquele ano. O trabalho forçado, a escravidão por dívida e a privação do elementar direito cidadão de ir e vir ainda existem no nosso país, apesar de inscritos no artigo 149 do Código Penal Brasileiro como crimes. Ou seja, pode-se falar, sem risco de erro, que, na prática, o trabalho escravo ainda existe em nosso país - e em várias partes do mundo.
A condição do trabalhador escravizado é a de alguém que não pode decidir por si próprio, não é sujeito de direitos e é tratado como mercadoria. O trabalhador que se encontra nessas condições é aliciado em locais distantes daquele onde vai trabalhar. Geralmente, é enganado pelo empreiteiro ou ''gato'', que promete contrato assinado em carteira, boas condições de trabalho, moradia e alimentação dignas etc. A realidade se mostra bem diferente quando o trabalhador se depara com maus-tratos, fome, doenças e, o que é pior, seu salário é retido quase que inteiramente com a desculpa de que é preciso ressarcir o patrão pelas despesas feitas com a sua viajem até a fazenda. O trabalhador, então, é obrigado a se submeter aos cálculos nem sempre honestos do patrão e, se tentar deixar o trabalho, é castigado, muitas vezes com a morte." Leia-o na íntegra no site do JB Online (clique no link).

Reportagem do JB Online: Trabalho Escravo Hoje

Eu opino, tu opinas, nós opinamos:
A escravidão ou escravismo, como todo conceito (histórico), requer sempre que possamos olhar esta prática abominável de trabalho em seu contexto histórico, ou seja, em sua historicidade. A prática escravista da Grécia Antiga foi diferente da prática escravista no nosso Brasil Colonial e Imperial. Mas enganam-se aqueles que pensavam que a escravidão em nosso país terminou com a assinatura da Princesa Isabel de Bragança. Ainda hoje, como podemos perceber no artigo acima da professora Adonia, que a mão-de-obra escrava de famílias inteiras (até crianças) é utilizada em muitas regiões em nosso país, lamentavelmente. Portanto, cabe a todos nós cidadãos, denunciar e combater esta violação aos direitos humanos - mesmo que seja assim: por meio de um simples post no blog e/ou pela divulgação de matérias/ artigos de jornais, como este demonstrado acima. Contamos com seu comentário!


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